sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

História da Magia - Parte Três

Inquisição - Métodos de Tortura


Introdução
Infelizmente não podemos omitir fatos verdadeiros...Mistérios Antigos é baseado em pesquisas profundas...portanto desculpem-me e agradeço pela compreensão ! As origens de instrumentos de tortura como os que estão nestas páginas perdem-se nas trevas da História. A maioria estava em uso durante séculos, antes do advento dos Tribunais de Feiticeiros. Até onde se sabe, não havia fabricação em massa desses instrumentos. Eles eram impressionantemente duráveis, conservando-se por décadas a fio. Mesmo na época da caça às bruxas os ferreiros locais conseguiam atender sem dificuldade a demanda por reposições. Embora houvesse mecanismos sem dúvida concebidos por mentes sádicas, a identidade dos inventores é desconhecida; talvez tivessem permanecido anônimos para evitar a dúbia imortalidade que viria de ter seu nome eternamente vinculado a implementos tão infernais.

Outros Métodos de Tortura

A Roda de Despedaçamento

Também como este instrumento, a liturgia da morte era terrível. O réu era amarrado com as costas na parte externa da roda. Sob a roda, colocava-se brasas incandescentes. O carrasco, girando lentamente a roda, fazia com que o réu morresse praticamente "assado". Em outros casos, como na roda em exposição, no lugar de brasas, colocava-se agulhões de madeira que o corpo, girando devagar e continuamente, era arranhado terrivelmente. Este suplício estava em voga na Inglaterra, Holanda e Alemanha, de 1100 a 1700.

Açoite de ferro

Mais que uma tortura, era uma arma de guerra. Na Idade Média, os cavaleiros, com esta arma, golpeavam os cavalos adversários ou procuravam desarmar da espada os outros cavaleiros. No final da batalha, esta bola de ferro era usada para acabar com os inimigos feridos. Como arma, era uma das três, juntamente com a espada e a lança, usada nos torneios.

Cadeira das Bruxas

O condenado era preso de cabeça para baixo em uma grande cadeira. Tal posição criava atrozes dores nas costas, desorientava e aterrorizava a vítima. Além disso, consentia a fácil imposição de uma interminável gama de tormentos. A esta tortura eram submetidas principalmente as mulheres acusadas de bruxaria. E foi usada de 1500 a 1800 em quase todos os países da Europa. Depois de terem confessado, as bruxas eram queimadas em público e as suas cinzas eram levadas aos rios ou ao mar.

Cadeira de Inquisição

Instrumento essencial usado pelo Inquisidor, a cadeira era usada na Europa Central, especialmente em Nurembergue, onde é usada até 1846 durante regulares interrogatórios dos processos. O réu deveria sentar-se nu e com mínimo movimento, as agulhas penetravam no corpo provocando efeito terrível. Em outras versões, a cadeira apresentava o assento de ferro, que podia ser aquecido até ficar em brasas (era aquecido com uma fogueira por baixo). A agonia do metal pontiagudo perfurando a carne nua era intolerável; segundo registros, poucos acusados aguentavam mais de 15 minutos nessa cadeira, antes de confessar. Esta exposta, foi encontrada no Castelo de San Leo, próximo a Rímini, na Itália. O Castelo era um cárcere do Papa até 1848 e nele morreu o célebre mago Caliostro, que com os seus poderes extraordinários conquistou todas as cortes reinantes da Europa. A cadeira tem 1606 pontas de madeira e 23 de ferro.

Cavalete

O condenado era colocado deitado com as costas sobre o bloco de madeira com a borda cortante, as mãos fixadas em dois furos e os pés em anéis de ferro. Nesta posição (atroz para si mesma, se pensarmos que o peso do corpo pesava sobre a borda cortante), era procedido o suplício da água. O carníficie, mantendo fechadas as narinas da vítima, introduzia na sua boca, através de um funil, uma enorme quantidade de água: dada a posição, o infeliz corria o risco de sufocar, mas o pior era quando o carníficie e os seus ajudantes pulavam sobre o ventre, provocando a saída da água, então, se repetia a operação, até ao rompimento de vasos sanguíneos internos, com uma inevitável hemorragia que colocava fim ao suplício. Outro sistema de tortura que usava o cavalete, reservado às suspeitas de bruxarias, era aquele do "fio de água". A imputada era colocada nua sob um finíssimo jato de água gelada e deixada nesta posição por 30 a 40 horas. Este suplício era chamado "gota tártara" porque foi inventada na Rússia (país que sempre privilegiou os sistemas de tortura lentos e refinados).

Esmaga Cabeça

Este instrumento, do qual se tem notícia já na Idade Média, parece que gozava de boa estima especialmente na Alemanha do Norte. O seu funcionamento é muito simples: o queixo da vítima era colocado sobre a barra inferior, depois a calota era abaixada por rosqueamento sobre sua cabeça. Primeiro despedaçavam-se os alvéolos dentais, depois as mandíbulas, quando advinha a saída da massa cerebral pela caixa craniana. Com o passar do tempo, este instrumento perde sua função de matar e assume aquela inquisitória, ou de tortura. Em alguns países da América Latina, um instrumento muito similar a este é usado ainda hoje. A diferença é que a calota e a barra são protegidas por materiais macios, que evitam marcas visíveis na pele, mas fazem a vítima confessar após poucos giros da rosca.

Forquilha do herege

Ao herege era reservado um tratamento diferente daquele aos condenados comuns, visto que o objetivo era de salvar sua alma mesmo em ponto de morte. A Inquisição na Espanha representava a fase aguda do processo acusatório contra a heresia e tocou vértices de extrema crueldade. Todos estes instrumentos de tortura não era, senão que a antecâmara da condenação capital. Era encaixada abaixo do queixo e sobre a parte alta do tórax, e presa com um colar no pescoço. As pontas penetravam na carne com tormentos muito fortes. Esta tortura era muito comum de 1200 - 1600. Não era usada para obter confissões, mas era considerada uma penitência antes da morte, à qual o herege, sem escapatória, era destinado.

Guilhotina

A Revolução Francesa apaga todos os rastros da tortura, mas deixa em pé o patíbulo. "A única árvore que, como disse Victor Hugo, as revoluções não conseguem desarraigar". O inventor é um filantropo, o Dr. Ignace Guillotin. Em duas intervenções, na Assembléia de 9 de outubro e 1 de dezembro de 1789, ele propôs( em seis artigos), que os crimes de mesma natureza fossem punidos com o mesmo tipo de pena, independente da classe social. Em 3 de julho de 1791, a Assembléia sancionou: "Todas as pessoas condenadas a pena de morte, terão a cabeça cortada". Um ano depois, iniciou-se a utilização da guilhotina. O primeiro instrumento degolador é fabricado pelo Sr. Tobias Schimidt, construtor de violinos, sob desenho projetado e aconselhado pelo Dr. Lovis, secretario da Academia dos Cirúrgicos. Depois de vários experimentos executados em cadáveres, em 25 de abril de 1792, na Praça da Greve, em Paris, aconteceu a inauguração da guilhotina. Primeira vítima: Nicola Giacomo Pellettieri. Carrasco: Charles Henry Sansom, o mesmo que decapitaria, em seguida, Luiz XVI.

Mesa de Evisceração

Sobre a mesa de evisceração, ou "esquartejamento manual", o condenado era colocado deitado, preso pelas juntas e eviscerado vivo pelo carrasco. A tortura era executada do seguinte modo: o carrasco abria o estômago com uma lâmina. Então prendia com pequenos ganchos as vísceras e, com uma roda, lentamente puxava os ganchos e as partes presas saíam do corpo até que, após muitas horas, chegasse a morte.

Pêndulo

A luxação ou deslocamento do ombro era um dos tantos suplícios preliminares a tortura propriamente ditas. Entre estas, o Pêndulo era o mais simples e eficaz. Era a tortura mais comum na Idade Média. Todos os tribunais ou castelos eram dotados do pêndulo. Em todos os impressos e quadros que reproduzem momentos de interrogatório nos locais secretos de inquisição dos tribunais pode-se notar o Pêndulo. A vitima era pendurada pelos braços a uma corda e levantado do chão.

Tronco

Existia nos locais de mercado e feira, ou na entrada das cidades. Era um instrumento considerada obrigatório na Idade Média, em quase todas as regiões da Europa. Este e outros instrumentos, como a máscara de infâmia, fazem parte de uma série de punições corporais, que devia constituir uma punição para a vítima e um exemplo para os outros. Tratavam-se de penas ou castigos que tinham um objetivo bem preciso: não impunham por impor, mas para defender a comunidade contra as intempéries dos irregulares.

História da Grécia Antiga


Os bruxos da Grécia Antiga e a verdadeira história da Guerra de Troia

A maioria dos bruxos da Grécia antiga viviam junto aos trouxas e os próprios trouxas veneravam alguns. Os bruxos se dividiam em:
  • Bruxos Primordiais: Caos, Gaia, Eros, Érebo, Urano(Céu), Noite, Éter, Dia, Mar, Titãs, Ciclopes e Hecatônquiros. Além de de serem bruxos tinham formas gigantescas.
  • Bruxos Superiores: Zeus (Júpiter), Hera(Juno), Atena(Minerva ou Palas), Afrodite(Vênus), Ares(Marte), Hermes(Mercúrio), Hefestos(Vulcano), Deméter(Ceres), Héstia (Vesta), Artemis(Diana), Poseidon(Netuno), Apolo(Febos), Dionísio(Baco), Hades(Plutão), Hebe e Ilítia.

A maioria deles viviam no Monte Olimpo.
  • Bruxos Siderais: Hélios (Sol), Lua e Aurora
  • Bruxos do Vento: Bóreas, Zéfiro, Euro, Noto e Éolo.
  • Bruxos das Águas: Oceano, Nereu, Proteu, Ninfas e bruxos fluviais
  • Bruxos Alegóricos: Têmis (Justiça), Nike (Vitória) e etc...
  • Bruxos Inferiores: Moravam junto aos trouxas e não tinham tantos poderes como os bruxos acima.

A Origem dos Bruxos Superiores

A história começa com um espaço vago, o nada, chamado Caos. Do Caos nasceu o primeiro bruxo primordial: Eros (Amor), e a primeira bruxa com primordial: Gaia ( Terra) representada como uma mulher gigantesca, de formas pronunciadas.
Sem princípio masculino, Gaia fez nascer Urano (Céu), Montanhas e Mar. (bruxos primordiais) Gaia casou-se com Urano e os dois tiveram muitos filhos como: os Ciclopes, os Hecatônquiros, os Titãs e as Titaneas, todos divindades primordiais. Os titãs eram: Oceano, Ceos, Crios, Hiperion, Japeto e Cronos (Saturno). As titaneas eram: Téia, Réia ( Cibele), Têmis, Mnemósines, Febe e Tétis.
Urano, o pai, odiava seus próprios filhos. E logo que eles nasciam os escondiam, sem deixa-los ver a luz. Chegou um determinado momento em que a Gaia se cansou de toda esta história e elaborou um plano para destruir Urano: criou uma foice especial de aço e chamou os filhos para se vingarem do pai. Apenas Cronos, o mais jovem titã aceitou o desafio. Na noite seguinte, quando Urano deitou-se sobre Gaia, Cronos, agarrou o pai e cortou-lhe os testículos, jogando-os ao mar. As gotas de sangue deram origem as Fúrias ou Erínias(bruxos alegóricos). Dos testículos surgiu Afrodite(bruxa superior). Urano separou-se para sempre de Gaia.
Cronos ocupou o lugar do pai. Entretanto, Cronos era muito violento e não libertou os irmão e casou-se com Réia ,mas temendo que um dia fosse destronado por algum de seus filhos, Cronos passou a devorá-los tão logo que nasciam. Quando Réia estava grávida de Zeus, fugiu secretamente para Creta. Lá nasceu Zeus, que foi escondido numa caverna para evitar o ataque de Cronos. Réia pegou uma pedra e entregou-a para Cronos dizendo que era o filho. Cronos iludido devorou a pedra pensando que fosse Zeus. A criança foi alimentada por Almatéia. Assim tratado e protegido, cresceu e adquiriu toda a sua força divina. Com o auxílio de uma droga fornecida por Métis, fez com que o pai vomitasse os irmãos. Auxiliado por estes e pelos Hecatônquiros e Ciclopes que libertou, atacou Cronos e os titãs. Ao fim da luta, o deus e seus irmãos- Hades e Posêidon - dividiram entre si elçementos dos quais se tornariam responsáveis. Zeus ficou sendo o supremo bruxo do Céu e senhor do Olimpo. Sua arma era o raio. Hades ficou sendo o bruxo do mundo Inferior e Posêidon era o bruxo dos Mares. Zeus se casou com sua irmã Hera que ficou sendo a bruxa do amor conjugal e da fecundidade Héstia e Deméter, irmãs de Zeus, ficaram sendo: a primeira bruxa do lar e a segunda, bruxa da agricultura.
Da união de Zeus com Hera e de Zeus com outras pessoas nasceram vários bruxos superiores. Os outros bruxos superiores eram: Ares( bruxo da guerra), Hefestos (bruxo do fogo), Ilítia(sua missão proteger mulheres na hora do parto) , Hebe(fazia trabalhos domésticos no Monte Olimpo), Atena( a bruxa da inteligência), Afrodite ( bruxa do amor e da beleza), Apolo( bruxo do sol, das artes e da razão) ,Ártemis(bruxa da lua da caça e da fecundidade animal), Dionísio(bruxo do vinho, do prazer e da aventura) e Hermes( bruxo do comércio e comunicações), Hades( bruxo do mundo subterrâneo),Zeus(bruxo dos céus, do raio e do trovão), Posêidon( bruxo dos mares), Hera( bruxa do amor conjugal e da fecundidade), Héstia( bruxa do lar) Deméter(- bruxa da agricultura). Zeus era um marido infiel e teve várias amantes na terra. Uma delas foi Leda, que teve dois filhos com eles: Helena e Pólux. Helena era uma bruxa inferior tida como a mulher mais bonita de toda a Grécia, até porque sua mãe, Leda, era uma veela.
O nascimento de Helena e seus irmãos se deram de uma maneira muito estranha: numa única noite, Leda se uniu ao sei marido, o rei Tíndaro, e a Zeus, o mais poderoso dos bruxos da Grécia Antiga, sob a forma de cisne( por ser muito poderoso Zeus podia se transformar em qualquer tipo de animal, ou fenômeno da natureza: ex: cisne, touro ou chuva de ouro.) Leda pôs dois ovos. De um destes, saiu Castor e Helena; do outro saiu Pólux e Clitemnestra. Pólux e Helena são filhos de Zeus. Castor e Pólux são conhecidos como Dióscuros. A beleza de Helena era estonteante, e ainda criança foi raptada por Teseu e levada para Ática, mas os Dióscuros libertaram-na Quando jovem já tinha inúmeros pretendentes e Tíndaro, seu pai mortal (trouxa), temendo provocar uma guerra entre os numerosos pretendentes fez com que todos jurassem respeitar a escolha da jovem e auxiliar o eleito, em caso de necessidade. Helena escolheu o bruxo Menelau, de quem teve Hermíone.
Todos os bruxos superiores foram convidados para o casamento de Tétis e Peleu, com exceção da bruxa Éris, conhecida pelos trouxas como Discórdia. Furiosa com sua exclusão, a bruxa atirou entre os convidados um pomo de ouro (não era como o do Quadribol, tinha poderes) com a inscrição " À mais bela da bruxas superiores". Afrodite, Hera e Atena reclamaram o pomo ao mesmo tempo e Zeus, não querendo decidir assunto tão delicado, mandou que o bruxo inferior Páris decidisse. As bruxas compareceram, então diante dele. Hera prometeu-lhe riqueza; Atena, glória e fama nas batalhas; Afrodite, a bruxa inferior mais bela, cada uma delas procurando influenciar a decisão a seu favor. Páris decidiu favoravelmente a Afrodite e entregou-lhe o pomo de ouro. Sob proteção de Afrodite, Páris viajou para a Grécia e foi hospitaleiramente recebido por Menelau. Ora, Helena, era, na realidade, a mulher que Afrodite destinava a Paris. Agindo sobre a maldição Confundus, Helena fugiu com Páris para Tróia ( morada de Páris), causando a Guerra de Tróia.
A guerra foi terrível! Bruxos lutaram junto de trouxas. Muitos bruxos fizeram uso da magia negra ( arte das trevas), mas no meio da guerra era difícil identificar que fê-los. Poucos trouxas sobreviveram, portanto não tiveram que aplicar muitos feitiços da memória em muitas trouxas.
Depois da guerra terminada, libertaram Helena do feitiço Confundus de Helena e ela pode viver até a morte com Menelau. Zeus teve várias outras amantes, mais nenhumas das outras histórias foi tão fantástica quanto esta que gerou a famosa Guerra de Tróia.

História da Magia (livro)


Incluem-se entre os fenômenos mágicos uma ampla variedade de práticas e crenças rituais, que constituem o núcleo de vários sistemas religiosos, atos de exorcismo e mesmo prestidigitação com fins de entretenimento. No primeiro sentido, a magia se entende como fenômeno social e cultural, presente em todas as civilizações, em algumas das quais convive com o pensamento crítico da era científica e tecnológica.

Magia é essencialmente um conjunto de representações ou atividades rituais supostamente capazes de influenciar os atos humanos ou o curso dos acontecimentos, por ação de forças místicas transcendentais. O animismo, ou seja, a convicção de que não existem diferenças essenciais entre seres animados e inanimados, costuma estar na base do pensamento mágico. As práticas mágicas incluem, assim, o uso de objetos especiais e a recitação de fórmulas mágicas. A natureza da magia, bem como sua função social e psicológica, é freqüentemente mal compreendida em virtude das múltiplas formas que ela assume e de sua relação com outros comportamentos religiosos. As incertezas decorrem em grande parte das idéias sobre evolução cultural e histórica do século XIX, que distinguem a magia de outros fenômenos religiosos e identificam-na com sociedades arcaicas e primitivas, ou como simples superstição sem significado cultural.

Em virtude dessa concepção, a magia foi tida como diversa de outros ritos e crenças religiosas. Sua semelhança e conexão essencial com eles -- uma vez que tanto as religiões organizadas quanto as crenças mágicas apelam para a influência das forças místicas externas sobre a existência humana -- passaram, portanto, despercebidas. Para dificultar a compreensão da magia, disseminou-se a idéia segundo a qual os atos mágicos carecem da natureza intrinsecamente espiritual própria dos atos religiosos, pois se fundamentam muito mais na manipulação externa do que na oração e constituem, portanto, um tipo mais simples e inferior de religiosidade.
Desse ponto de vista, existe uma diferença relevante entre magia e religião: enquanto esta se associa ao relacionamento entre os homens e as forças espirituais, em que o compromisso pessoal é básico, o procedimento mágico é visto principalmente como um ato técnico, em que o vínculo pessoal não é tão importante ou está ausente, embora a força que está por trás dos atos mágicos e religiosos seja a mesma.
A magia é freqüentemente confundida com a feitiçaria, especialmente na história das religiões européias. Os antropólogos modernos, no entanto, distinguem entre magia, que é a manipulação de poderes externos por meios mecânicos ou comportamentais para afetar outras pessoas, e feitiçaria, qualidade inerente ao indivíduo que apresenta, no entanto, os mesmos objetivos. A adivinhação, ou capacidade de entender os agentes místicos que afetam os indivíduos e o curso dos acontecimentos, difere da magia porque seu objetivo não é interferir nos acontecimentos, mas compreendê-los. O poder místico dos adivinhos e o poder que governa as forças mágicas são, no entanto, de mesma espécie.

História. A magia, em suas diferentes formas, parece integrar todos os sistemas religiosos conhecidos. . O conhecimento sobre a magia pré-histórica é limitado, em função da falta de dados confiáveis. Muitas pinturas e gravações em cavernas são tidas como representações de figuras entregues à prática da magia orientada para favorecer a caça e as atividades do feiticeiro. As informações sobre os fenômenos mágicos das antigas culturas orientais, greco-romanas, cristãs européias e das sociedades primitivas contemporâneas são muito mais completas. A maioria dos relatos sobre a cultura mesopotâmica e a egípcia chama de magia, ou formas de pensamento mágico ou mitopoético (relativo à criação dos mitos) todos os rituais registrados. Os faraós do Egito, por exemplo, reis divinizados, eram por isso mesmo venerados e tidos como capazes de controlar a natureza e a fertilidade. Seus poderes como mágicos, no entender dos estudiosos, eram expressão da onipotência real.
Na Roma antiga, muita importância foi dada à feitiçaria. Esse fenômeno parece ter resultado do desenvolvimento de novas classes urbanas, cujos membros dependiam de seus próprios esforços, tanto em termos materiais como mágicos, para derrotar os adversários e alcançar o sucesso. . Há registro de fórmulas mágicas na cultura romana para obter sucesso no amor, nos negócios, nos jogos e também proferir discursos persuasivos.

Há muitos registros históricos da Idade Média e de períodos posteriores sobre a magia. . Conforme se sabe a partir de estudos históricos e antropológicos recentes sobre feitiçaria, magia e sincretismo religioso, a magia é especialmente dominante em períodos de rápida mudança e mobilidade social, quando novas relações e conflitos pessoais assumem importância maior do que as relações familiares tradicionais, típicas de tempos de estabilidade. A Europa parece não ter sido exceção, especialmente quando a igreja, lutando para assegurar sua hegemonia, dirigiu acusações de prática de magia contra seus adversários.
Um dos aspectos mais conhecidos da magia européia, divulgado e combatido pela Igreja Católica, é a prática herética de fazer pactos com os espíritos malévolos. Característico da história da magia européia foi também o uso que se fez dela como parte da tradição hermética. Seguidores dessa tradição, mais identificada na verdade com a alquimia que com a magia, eram às vezes considerados magos diabólicos, cujos conhecimentos proviriam de um pacto com o demônio. A sociedade tolerava a maioria deles, no entanto, porque suas práticas, embora estranhas, eram tidas como parte da tradição hermética judaica e cristã.
Grande parte do que se sabe sobre a magia nas sociedades ágrafas contemporâneas deriva de relatos antropológicos feitos por pessoas do mundo não-ocidental que acreditam na magia. Foram feitas descrições detalhadas, por exemplo, sobre as sociedades da Oceania e da África e de muitas sociedades muçulmanas em que persistem crenças pré-islâmicas, como na Malásia e na Indonésia. Esses relatos, porém, raramente distinguem magia de feitiçaria e adivinhação, encontradas em praticamente todas as sociedades orientais conhecidas.
Estrutura e funções. As pessoas podem executar atos mágicos sozinhas ou procurar os préstimos de um mago, alguém que sabe como executar os procedimentos rituais e pode ser recompensado por isso. Segundo se acredita, essa habilidade pode ser transmitida por herança, comprada por outros magos, ou ainda inventada pelo mago para ser executada por ele mesmo. Os magos podem ser consultados para fins nefastos, para proteger um cliente da magia prejudicial feita por terceiros ou por razões puramente benévolas. O caráter moralmente neutro da magia parece universal, embora, em qualquer sociedade, se discuta seu emprego para fins benignos ou malignos.

Há normalmente três elementos principais na magia: a fórmula mágica, o ritual e a condição ritual do executante. Os objetos rituais se incluem entre as fórmulas mágicas. Essa distinção foi feita pioneiramente pelo antropólogo Bronislaw Malinowski em seus estudos sobre os habitantes das ilhas Trobriand, na Melanésia. Freqüentemente as fórmulas mágicas empregam vocabulário arcaico ou esotérico. Entre os habitantes das ilhas Trobriand, a fórmula é especialmente importante: usar as palavras certas, da maneira certa, é considerado essencial para a eficácia do ritual. Para os maori, da Nova Zelândia, esse elemento é tão importante que um erro na recitação da fórmula pode levar à morte do mago.
Bastante difundido é também o uso de objetos materiais, de natureza muito variada. Em alguns casos, os elementos que visam a causar dano são realmente venenosos, mas em geral não provocam efeitos práticos, apenas os representam. É uma prática comum entre os magos, por exemplo, tentar prejudicar uma pessoa destruindo algum elemento de seu corpo (como aparas de unhas e cabelos) ou algo que tenha estado em contato com ela (uma roupa ou outro objeto pessoal). O significado do rito mágico quase nunca é percebido por aqueles que acreditam que a magia difere essencialmente da religião. Parece universal, porém, que a magia seja praticada apenas em situações rituais formais e cuidadosamente definidas. O rito pode ser simbólico, como ocorre com o ato de borrifar o solo com água para fazer chover, ou com a ação de destruir uma imagem em cera para prejudicar uma pessoa. Tanto o mago quanto o rito devem observar certos tabus. Ao mago são impostas restrições alimentares e sexuais e a não-observação desses cuidados anula a magia. O respeito às interdições indica aos demais a importância do rito e dos objetivos desejados.
São muitas as funções da magia, mas há dois aspectos principais: o instrumental e o expressivo. Uma característica básica dos ritos e crenças mágicas é que os praticantes acreditam que eles são instrumentais, ou seja, eficientes, projetados para alcançar certas finalidades na natureza ou no comportamento de pessoas. O aspecto simbólico ou expressivo está sempre presente e é por causa dele que a magia pode ser melhor compreendida como parte de um sistema religioso.

Teorias sobre a magia. Os primeiros estudos sobre magia foram elaborados pelos sábios judeus e cristãos, preocupados em relacioná-la com suas crenças, identificando-a como um vestígio de paganismo e como heresia. Durante o final do século XIX, antropólogos começaram a estudar a magia e sua influência na evolução das religiões mundiais.
Os primeiros estudos antropológicos sobre a magia foram realizados por Edward Tylor, que no livro Primitive Culture (1871; Cultura primitiva) definiu magia como uma pseudociência, em que o "selvagem" incorretamente afirma uma relação direta de causa e efeito entre o ato mágico e o acontecimento desejado. Em The Golden Bough (1890; O ramo de ouro), James Frazer redefiniu as concepções de Tylor sobre o pensamento mágico, discutiu o relacionamento da magia com a religião e a ciência e situou-as num quadro evolutivo. Frazer aceitou a teoria de Tylor sobre a falsa relação de causa e efeito entre a magia e os efeitos naturais e analisou os princípios que governam essa falsa relação.
Esses autores e seus seguidores, como Ranulph Marett, entenderam magia como uma questão essencialmente individual e intelectual, uma das formas como o indivíduo reflete sobre o mundo. Outros autores ampliaram a discussão e abordaram a questão do ponto de vista da função social da magia, como fizeram os sociólogos franceses Marcel Mauss e Émile Durkheim. Em Les Formes élémentaires de la vie religieuse (1912; As formas elementares da vida religiosa), Durkheim afirmou que os ritos mágicos envolvem a manipulação de objetos sagrados em nome de indivíduos. O significado socialmente coesivo dos ritos religiosos propriamente ditos não estava presente. As idéias do sociólogo francês foram seguidas por Radcliffe-Brown, autor de The Andaman Islanders (1922; Os habitantes das ilhas Andaman) e, em menor medida, por Malinowski, influenciado mais por Frazer e pelos primeiros psicanalistas. Radcliffe-Brown sustentava que a função social da magia era manifestar a importância que o acontecimento desejado reveste para a comunidade. Malinowski considerava a magia um fenômeno oposto à religião, além de direta e essencialmente relacionado às necessidades psicológicas do indivíduo.

Os estudos mais recentes sobre os sistemas mágicos se fizeram tomando como objeto a magia de povos da África e da Oceania. Basearam-se essencialmente nas idéias de Malinowski e Radcliffe-Brown e no mais importante trabalho sobre o tema que surgiu depois desses autores: Witchcraft, Oracles and Magic Among the Azande (1937; Feitiçaria, oráculos e magia entre os azandes), de Edward Pritchard.
Freud, autor de Totem e tabu (1918), exerceu, durante algum tempo, grande influência sobre os estudiosos do pensamento mágico com a idéia segundo a qual a magia, a primeira fase no desenvolvimento do pensamento religioso, era similar, em seus processos essenciais, ao pensamento de crianças e neuróticos. Essa concepção pressupõe que selvagens, crianças e neuróticos acreditam que desejo e intenção levam automaticamente a atingir o objetivo desejado. Essa idéia foi abandonada pelos especialistas, não só por que revela incompreensão da natureza expressiva do ritual mágico, como também porque estabelece equivocadas semelhanças de comportamento entre os grupos humanos comparados.

Bruxos Famosos e Suas Histórias


Agrippa
Heinrich Cornelius Agrippa foi um mago que viveu na Renascença. Tendo nascido perto de Colônia, Alemanha, em 1486, ele adotou o nome de Agrippa em homenagem ao fundador de sua cidade natal. Trabalhou como médico, advogado, astrólogo e com curas através da fé. Mas fez tantos inimigos quanto amigos e foi acusado de feitiçaria. Em 1529, publicou um livro chamado Sobre a Filosofia Oculta, valendo-se de textos hebraicos e gregos para argumentar que a melhor maneira de chegar a conhecer a Deus era Por meio da magia. A Igreja declarou-o herético e o prendeu. Morreu em 1535. Agrippa foi uma das inspirações de Wolfgang Goethe para escrever a peça “Fausto”, na qual um homem de ciência faz um pacto com o diabo - semelhante ao pacto entre Voldemort e seus seguidores. Seu nome é também o termo usado para designar um livro de magia muito especial, cortado no formato de uma pessoa. Bem a propósito, sua figurinha é uma das mais raras.

A Druida Cliodna

Na mitologia irlandesa, Cliodna desempenha diversos papéis, de deusa da beleza a mandatária da Terra Prometida a vida após a morte. Ela é também a deusa dos mares. Alguns dizem que seu rosto surge nas praias em cada nona onda que se quebra no litoral. Ela tinha três pássaros encantados que Curavam os enfermos.

Paracelso

Phillipus Aureolus Paracelso, nascido na Suíça em 1493, é considerado o fundador da química e da medicina modernas. Começou a vida como médico e depois se dedicou ao estudo da magia, especialmente a alquimia e a arte das profecias. Sua reputação como mago e sua trajetória como médico estão ligadas. Como se recusou a ficar limito à formação médica tradicional e desenvolveu seus próprios métodos terapêuticos, foi acusado de bruxaria. Mas Paracelso ignorou seus críticos: "As universidades não ensinam tudo", ele disse "portanto, um médico precisa procurar as anciãs sábias, os ciganos, os bruxos e os feiticeiros de tribos, velhos ladrões e outros fora-da-lei para extrair deles o conhecimento. Precisa ser um viajante. Conhecimento é experiência”.
Paracelso desenvolveu vários remédios úteis. Também descobriu a causa da silicose, uma doença comum entre os trabalhadores de minas, causada pela inalação de vapores metálicos, que anteriormente era atribuída a maus espíritos. Paracelso ajudou a controlar um surto de peste, em 1534, usando uma espécie de vacina. Suas posições e seus êxitos angariaram antipatia no meio médico. Paracelso passou mais de uma década exilado dos círculos acadêmicos e foi forçado a fugir para a cidade de Basse, sob a proteção da noite, em 1528. Mas, por ocasião de sua morte, em 1541, sua reputação já havia crescido enormemente.

Merlim

Merlim é considerado um dos mais sábios magos que já existiram, um bruxo-mestre. Dizem que foi conselheiro dos reis britânicos Vortigern, Uther Pendragon e Artur. Embora a lenda possa ter se baseado em alguém que tenha existido de fato, o Merlim que conhecemos é um personagem tirado da fantasia. Por exemplo, alguns dizem que foi ele quem colocou no lugar as enormes pedras de Stonehenge. Outros dizem que ele possuía o dom da profecia porque vivia ao contrário, do futuro para o passado, e, portanto já tinha visto o futuro. Merlim é mais conhecido como o mentor do rei Artur. Um notável paralelo é que ele ocultou o garoto Artur, protegendo-o, do mesmo modo como Dumbledore escondeu Harry de Voldemort. O poeta AIfred Lord Tennyson reconta parte dessa lenda em Idylls of the King:
Por causa da amargura e do sofrimento
Que oprimiu sua mãe, bem antes do seu nascimento,
Artur veio ao mundo, e assim que nasceu
Foi enviado às escondidas
Para Merlim, para ser criado em lugar distante
Até que fosse chegada sua hora; e tudo porque os lordes Daqueles dias violentos eram os próprios senhores da violência
Bestas ferozes que com certeza teriam feito a criança '
Em pedaços, dividindo-a entre eles, se soubessem que ela existia; já que cada um deles
Nada mais almejava senão ser o próprio poder,
E muitos deles odiavam Uther.
Razão pela qual Merlim levou a criança
E a confiou a Sir Anton, um ancião cavaleiro
E antigo amigo de Uther; e sua mulher então
Cuidou do jovem príncipe, criando-o entre seus próprios;
E nenhum homem disso soube. Assim, os lordes
Lutaram uns contra os outros como bestas ferozes,
Enquanto o reino se arruinava.
Posteriormente, Merlim tornou-se tanto o tutor quanto o conselheiro de Artur, usando sua aguçada inteligência e sua poderosa magia para ajudar o jovem rei a lutar contra os inimigos da Bretanha. De acordo com algumas histórias, Merlim foi enganado pela Dama do Lago, a quem amava, e levado a criar uma coluna mágica feita de ar, que ela então utilizou para aprisioná-lo para sempre.

Hengisto de Woodcroft

Este mago ou é ou recebeu seu nome em homenagem ao rei saxão da Inglaterra. O rei Hengisto e seu irmão Horsa - seus nomes vêm das palavras em alemão para "garanhao e cavalo" - chegaram à Inglaterra em 449 a.C, como mercenários, para ajudar o rei Vortigern a derrotar a rebelião dos Pictos e dos Celtas da Escócia. No entanto, começaram sua própria rebelião. Hengisto fundou o reino de Kent. Apesar de não ser chamado de Hengisto de Woodcroft nas crônicas anglo-saxônias, quando inquirido por Vortigern ele proclamou: “Adoramos os deuses de nossa terra: Saturno, Júpiter e outros que comandam as leis do mundo, e mais especialmente Mercúrio, que em nossa língua chamamos de Woden (relativo à madeira). Nossos ancestrais dedicavam o quarto dia da semana a ele, que até hoje é chamado de Wednesday (quarta-feira) em alusão a seu nome." É razoável supor que Hengisto tenha também chamado seu reino de Woden (croft em inglês significa "terreno", "pequena fazenda").
O mais provável entretanto é que o nome Woodcroft seja simplesmente um dos que J. K. Rowling descobriu num mapa e gostou. Em Peterborough, na Inglaterra, no norte de Kent, existe o Castelo Woodcroft, lugar famoso por seus assassinatos e fantasmas. Em 1648, o Dr. Michael Hudson, capelão do rei Charles, ali foi morto durante uma batalha contra as tropas de Cromwell. Conta-se que ele assombra o castelo, aparecendo sempre no aniversário da sua morte. Rumores de batalha, então, podem ser ouvidos, assim como os gritos de Hudson implorando misericórdia.

Circe

No poema épico de Homero, a Odisséia, Circe é apresentada como a "deusa poderosa e sagaz" que vive numa ilha. Os homens de Ulisses, voltando para casa depois da Guerra de Tróia, param em sua ilha e se tornam vítimas de seu encantamento:
Quando chegaram à morada de Circe, viram que era construída de pedras cortadas da montanha, num sítio que poderia ser avistado de longe, do meio da floresta. Por toda a sua volta, era guardada por lobos e leões ferozes - pobres criaturas, vítimas de seus feitiços, que ela havia dominado pela magia e submetido às suas poções. Logo atingiram os portais de entrada da morada da deusa e, ali parados, podiam ouvir que Circe, lá dentro, cantava enquanto trabalhava em seu tear, tecendo uma rede tão fina, tão macia, e de cores tão deslumbrantes, que nenhuma outra deusa poderia tecer. Chamaram e ela desceu ao encontro deles, abriu os portais e os convidou a entrar. Sem suspeitar de nada, eles a seguiram. Uma vez que ela os viu dentro da casa, fez com que se sentassem e preparou uma bebida com mel, à qual misturou suas poções venenosas, o que os faria esquecer quem eram e de onde vieram. Depois que a beberam, transformou-os em porcos com um simples gesto de sua varinha mágica, para logo a seguir prendê-los no chiqueiro. Tinham toda a forma de porcos - cabeça, pêlos - e também grunhiam como porcos; mas sua consciência era a mesma de antes e eles se lembravam claramente do que haviam sido.
Foi o próprio Ulisses que, tendo tomado uma poção especial, conseguiu resistir ao encantamento de Circe e, ao final do episódio, conseguiu libertar os seus homens.

Alberico Grunnion

Este nome deve ter sido inspirado pelo de Alberico, o poderoso bruxo do poema épico germânico Nibelungenlied ( A Canção dos Nibelungos). O poema é um registro mítico de um evento histórico - a vitória dos hunos sobre o reino da Burgundia (hoje, parte da França), em 437 D.c Foi base de muitos trabalhos modernos, sendo o mais importante o Anel dos Nibelungos, uma série de peças de ópera ligadas entre si, compostas por Richard Wagner no século XIX. (Quando você vir desenhos com cantores de ópera usando capacetes com chifres, pode ter certeza de que estão cantando uma das óperas de Wagner). Na versão de Wagner, Alberico é o rei dos duendes, cheio de ódio e de ambição. Quando descobre um tesouro em ouro, guardado por donzelas inocentes, faz de tudo para obtê-Io, até mesmo renunciar para sempre ao amor. Ele usa o ouro para fazer um anel que lhe dá grande poder. Quando o anel é roubado, Alberico joga sobre ele uma maldição. Todo aquele que o usar padecerá enormes sofrimentos. Na continuação da história, outros personagens tentam conquistar o anel e pagam caro por isso.

Bruxos da Grécia Antiga

autor desconhecido
30px-Nuvola_apps_bookcase.pngEste artigo é uma transcrição de um livro, que possui direitos autorais.
O conteúdo dos livros pode ou não ser imaginação de seu autor.



Os Bruxos da Grécia Antiga e a Verdadeira História da Guerra de Tróia

A maioria dos bruxos da Grécia antiga viviam junto aos trouxas e os próprios trouxas veneravam alguns. Os bruxos se dividiam em:
* Bruxos Primordiais: Caos, Gaia, Eros, Érebo, Urano(Céu), Noite, Éter, Dia, Mar, Titãs, Ciclopes e Hecatônquiros. Além de de serem bruxos tinham formas gigantescas.
* Bruxos Superiores: Zeus (Júpiter), Hera(Juno), Atena(Minerva ou Palas), Afrodite(Vênus), Ares(Marte), Hermes(Mercúrio), Hefestos(Vulcano), Deméter(Ceres), Héstia (Vesta), Artemis(Diana), Poseidon(Netuno), Apolo(Febos), Dionísio(Baco), Hades(Plutão), Hebe e Ilítia. A maioria deles viviam no Monte Olimpo.
* Bruxos Siderais: Hélios (Sol), Lua e Aurora
* Bruxos do Vento: Bóreas, Zéfiro, Euro, Noto e Éolo.
* Bruxos das Águas: Oceano, Nereu, Proteu, Ninfas e bruxos fluviais
* Bruxos Alegóricos: Têmis (Justiça), Nike (Vitória) e etc...
* Bruxos Inferiores: Moravam junto aos trouxas e não tinham tantos poderes como os bruxos acima.

A Origem dos Bruxos Superiores

A história começa com um espaço vago, o nada, chamado Caos. Do Caos nasceu o primeiro bruxo primordial: Eros (Amor), e a primeira bruxa com primordial: Gaia ( Terra) representada como uma mulher gigantesca, de formas pronunciadas.
Sem princípio masculino, Gaia fez nascer Urano (Céu), Montanhas e Mar. (bruxos primordiais).
Gaia casou-se com Urano e os dois tiveram muitos filhos como: os Ciclopes, os Hecatônquiros, os Titãs e as Titaneas, todos divindades primordiais. Os titãs eram: Oceano, Ceos, Crios, Hiperion, Japeto e Cronos (Saturno). As titaneas eram: Téia, Réia ( Cibele), Têmis, Mnemósines, Febe e Tétis.
Urano, o pai, odiava seus próprios filhos. E logo que eles nasciam os escondiam, sem deixa-los ver a luz.
Chegou um determinado momento em que a Gaia se cansou de toda esta história e elaborou um plano para destruir Urano: criou uma foice especial de aço e chamou os filhos para se vingarem do pai. Apenas Cronos, o mais jovem titã aceitou o desafio.
Na noite seguinte, quando Urano deitou-se sobre Gaia, Cronos, agarrou o pai e cortou-lhe os testículos, jogando-os ao mar. As gotas de sangue deram origem as Fúrias ou Erínias(bruxos alegóricos). Dos testículos surgiu Afrodite(bruxa superior). Urano separou-se para sempre de Gaia.
Cronos ocupou o lugar do pai.
Entretanto, Cronos era muito violento e não libertou os irmão e casou-se com Réia ,mas temendo que um dia fosse destronado por algum de seus filhos, Cronos passou a devorá-los tão logo que nasciam.
Quando Réia estava grávida de Zeus, fugiu secretamente para Creta. Lá nasceu Zeus, que foi escondido numa caverna para evitar o ataque de Cronos. Réia pegou uma pedra e entregou-a para Cronos dizendo que era o filho. Cronos iludido devorou a pedra pensando que fosse Zeus.
A criança foi alimentada por Almatéia. Assim tratado e protegido, cresceu e adquiriu toda a sua força divina. Com o auxílio de uma droga fornecida por Métis, fez com que o pai vomitasse os irmãos. Auxiliado por estes e pelos Hecatônquiros e Ciclopes que libertou, atacou Cronos e os titãs.
Ao fim da luta, o deus e seus irmãos- Hades e Posêidon - dividiram entre si elçementos dos quais se tornariam responsáveis.
Zeus ficou sendo o supremo bruxo do Céu e senhor do Olimpo. Sua arma era o raio. Hades ficou sendo o bruxo do mundo Inferior e Posêidon era o bruxo dos Mares.
Zeus se casou com sua irmã Hera que ficou sendo a bruxa do amor conjugal e da fecundidade.
Héstia e Deméter, irmãs de Zeus, ficaram sendo: a primeira bruxa do lar e a segunda, bruxa da agricultura.
Da união de Zeus com Hera e de Zeus com outras pessoas nasceram vários bruxos superiores.
Os outros bruxos superiores eram: Ares( bruxo da guerra), Hefestos (bruxo do fogo), Ilítia(sua missão proteger mulheres na hora do parto) , Hebe(fazia trabalhos domésticos no Monte Olimpo), Atena( a bruxa da inteligência), Afrodite ( bruxa do amor e da beleza), Apolo( bruxo do sol, das artes e da razão) ,Ártemis(bruxa da lua da caça e da fecundidade animal), Dionísio(bruxo do vinho, do prazer e da aventura) e Hermes( bruxo do comércio e comunicações), Hades( bruxo do mundo subterrâneo),Zeus(bruxo dos céus, do raio e do trovão), Posêidon( bruxo dos mares), Hera( bruxa do amor conjugal e da fecundidade), Héstia( bruxa do lar) Deméter(- bruxa da agricultura).
Zeus era um marido infiel e teve várias amantes na terra. Uma delas foi Leda, que teve dois filhos com eles: Helena e Pólux.
Helena era uma bruxa inferior tida como a mulher mais bonita de toda a Grécia, até porque sua mãe, Leda, era uma veela.
O nascimento de Helena e seus irmãos se deram de uma maneira muito estranha: numa única noite, Leda se uniu ao sei marido, o rei Tíndaro, e a Zeus, o mais poderoso dos bruxos da Grécia Antiga, sob a forma de cisne( por ser muito poderoso Zeus podia se transformar em qualquer tipo de animal, ou fenômeno da natureza: ex: cisne, touro ou chuva de ouro.) Leda pôs dois ovos. De um destes, saiu Castor e Helena; do outro saiu Pólux e Clitemnestra. Pólux e Helena são filhos de Zeus. Castor e Pólux são conhecidos como Dióscuros.
A beleza de Helena era estonteante, e ainda criança foi raptada por Teseu e levada para Ática, mas os Dióscuros libertaram-na.
Quando jovem já tinha inúmeros pretendentes e Tíndaro, seu pai mortal (trouxa), temendo provocar uma guerra entre os numerosos pretendentes fez com que todos jurassem respeitar a escolha da jovem e auxiliar o eleito, em caso de necessidade. Helena escolheu o bruxo Menelau, de quem teve Hermíone.
Todos os bruxos superiores foram convidados para o casamento de Tétis e Peleu, com exceção da bruxa Éris, conhecida pelos trouxas como Discórdia. Furiosa com sua exclusão, a bruxa atirou entre os convidados um pomo de ouro (não era como o do Quadribol, tinha poderes) com a inscrição " À mais bela da bruxas superiores". Afrodite, Hera e Atena reclamaram o pomo ao mesmo tempo e Zeus, não querendo decidir assunto tão delicado, mandou que o bruxo inferior Páris decidisse. As bruxas compareceram, então diante dele. Hera prometeu-lhe riqueza; Atena, glória e fama nas batalhas; Afrodite, a bruxa inferior mais bela, cada uma delas procurando influenciar a decisão a seu favor. Páris decidiu favoravelmente a Afrodite e entregou-lhe o pomo de ouro. Sob proteção de Afrodite, Páris viajou para a Grécia e foi hospitaleiramente recebido por Menelau. Ora, Helena, era, na realidade, a mulher que Afrodite destinava a Páris. Agindo sobre a maldição Confundus, Helena fugiu com Páris para Tróia ( morada de Páris), causando a Guerra de Tróia. A guerra foi terrível! Bruxos lutaram junto de trouxas. Muitos bruxos fizeram uso da magia negra ( arte das trevas), mas no meio da guerra era difícil identificar quem fê-los. Poucos trouxas sobreviveram, portanto não tiveram que aplicar muitos feitiços da memória em muitas trouxas.
Depois da guerra terminada, libertaram Helena do feitiço Confundus de Helena e ela pode viver até a morte com Menelau. Zeus teve várias outras amantes, mais nenhumas das outras histórias foi tão fantástica quanto esta que gerou a famosa Guerra de Tróia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário